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O tribunal que julga Saddam Hussein disse nesta terça-feira que acusações contra o ex-ditador iraquiano de genocídio de curdos foram entregues à promotoria, abrindo caminho para um novo julgamento.

- Declaramos que as investigações estão completas no caso chamado a campanha de Anfal, no qual milhares de homens, mulheres e crianças foram mortos. Os acusados estão sendo transferidos para a corte criminal - disse um porta-voz da corte - Eles serão julgados de acordo com a lei iraquiana por acusações de genocídio e crimes contra a Humanidade - acrescentou.

Os co-acusados incluem um primo de Saddam, Ali Hassan al-Majeed, conhecido como "Ali Químico", por sua atuação num ataque com gás venenoso contra o vilarejo curdo de Halabja, em 1988, que matou cinco mil pessoas.

Promotores dizem que Saddam pode enfrentar um julgamento sobre as novas acusações no próximo mês.

O ex-líder iraquiano já está sendo julgado por envolvimento no assassinato de 148 xiitas que planejaram um atentado contra ele. O caso ocorreu em 1982, na cidade de Dujail.

As audiências do caso Anfal podem ocorrer paralelamente ao processo já existente.

Os curdos acusam Saddam e seus antigos aliados do assassinato de mais de cem mil pessoas na campanha de Anfar.

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