Amã O ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, em greve de fome desde o dia 8, foi internado devido à piora de seu estado de saúde, um dia antes da data prevista para a retomada de seu julgamento. Os advogados do ex-ditador fizeram um pedido a organizações humanitárias internacionais, incluindo a ONU, para que investiguem imediatamente as causas da piora de Saddam.
A veracidade do anúncio foi colocada em dúvida pelo porta-voz da equipe de defesa de Saddam, Ziyad al-Naydaui, que afirmou que os três membros se reuniram com o ex-presidente no sábado e o encontraram em bom estado de saúde e a moral elevada. Segundo Naydaui, os três advogados são o ex-promotor-geral norte-americano Ramsey Clark, o chefe da equipe de defesa, Khalil al-Dulaimi, e o advogado egípcio Mohammed Munib. Saddam Hussein e vários de seus ex-assessores iniciaram uma greve de fome no último dia 8 para exigir que o tribunal atenda às solicitações da defesa, entre elas a abertura de uma investigação sobre o assassinato do advogado iraquiano Khamis Al-Obaidi em Bagdá e de outros três membros da defesa.
O advogado responsabilizou "completamente" as tropas dos EUA por "qualquer evolução" do estado de saúde do deposto presidente. O ex-presidente e outros sete altos funcionários de seu governo são acusados da execução de 148 xiitas condenados em um julgamento sumário, realizado depois de uma tentativa de assassinato de Saddam em 1982 em Dujail, 70 quilômetros ao norte de Bagdá.
Violência
Ontem, em uma nova onda de violência, pelo menos 60 pessoas morreram e mais de 120 ficaram feridas em dois atentados com carros-bomba em Bagdá e Kirkuk, um dia depois do início oficial da aplicação do plano de reconciliação nacional no Iraque para tentar trazer a paz ao país.
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