Paris – O ex-presidente iraquiano Saddam Hussein pode ser executado no dia 2 de janeiro, antes de os democratas assumirem o controle do Congresso dos EUA, segundo um de seus advogados, Ahmet Essadik. "A meu ver, a execução poderia acontecer no dia 2. Depois, será mais difícil, porque os democratas americanos, agora majoritários (no Legislativo), assumirão seus cargos em 3 de janeiro", indicou Essadik ao jornal francês Le Parisien. A posição dos democratas é menos conservadora do que a dos republicanos, que tendem a apoiar a pena de morte.

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O advogado, que advertiu que a execução de Saddam provocaria "a anarquia geral no Iraque", afirmou que "só a pressão da comunidade internacional" sobre o governo de George W. Bush poderia evitar o enforcamento do ex-ditador.

A Casa Branca crê que a execução de Saddam poderia ocorrer amanhã, disse um alto responsável da administração americana sob anonimato.

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Na terça-feira passada, o Tribunal Penal iraquiano ratificou a sentença de morte contra Saddam, declarado culpado pelo assassinato de 148 xiitas iraquianos da aldeia de Dujail.

O chefe da equipe de advogados de Saddam, Khalil al-Dulaimi, afirmou ontem que os EUA não podem entregar o ex-ditador a autoridades iraquianas para sua eventual execução porque ele é um "prisioneiro de guerra". Saddam está sob custódia americana no Campo Cropper, uma prisão militar dos EUA em Bagdá.

A Justiça do Iraque disse que há um mal-entendido a respeito da data e informou que Saddam pode não ser enforcado até fevereiro. Segundo ele, a execução só ocorrerá antes de 26 de janeiro (quando se completam os 30 dias) se o Conselho Presidencial do Iraque emitir um decreto específico a esse respeito.