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Saiba por que não descansamos quando dormimos fora de casa

 | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
(Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

Ter uma noite mal dormida quando se pernoita em locais desconhecidos é comum. O fenômeno, conhecido como first night’s effect (efeito da primeira noite, em tradução livre), já foi amplamente explorado por estudos científicos da área do sono,e agora encontrou uma explicação.

Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, descobriu que o sono ruim, nos casos de noites em lugares “estranhos”, é resultado de um estado de alerta assumido pelo cérebro. Nessa condição, o órgão é desativado apenas pela metade, enquanto a outra parte permanece ativa.

“Se nós não sabemos se um quarto é seguro para dormir, esse sistema de vigia noturno se ativa para que possamos detectar qualquer atividade anormal “, disse Masako Tamaki, responsável pela pesquisa, em entrevista ao The Guardian.

Procedimento

Para investigar o efeito da primeira noite, Tamaki e sua equipe utilizaram um conjunto sofisticado de técnicas de imagem cerebral, por meio do qual monitoraram detalhadamente o sono de 35 pessoas, que dormiram no laboratório.

Na primeira noite, os exames revelaram que a metade direita do cérebro dos participantes adormeceu normalmente, mas o hemisfério esquerdo permaneceu ativo. Os pesquisadores, então, testaram como as pessoas reagiam a sons enquanto dormiam.

Primeiramente, colocaram sons graves para tocar, com intervalos de tempo padrão. O cérebro dos participantes não reagiu a esses estímulos, mas quando os cientistas adicionaram um som incomum ocasionalmente, em tom agudo, o lado esquerdo do cerébro começou a emitir ondas de atividade, o que significa que as pessoas estavam mais propensas a acordarem.

A descoberta, conforme disse Masako ao The Guardian, sugere que o sistema do cérebro permanece alerta para sons incomuns que possam representar uma ameaça. O efeito desapareceu na segunda noite, de acordo com o relatório da pesquisa.

Vigilância

Alguns animais utilizam meios parecidos ao explicado pelo estudo de Masako para vigiar seu entorno, garantindo distância de predadores. Entre eles estão os golfinhos e os pássaros, que mantém um dos olhos abertos durante o sono.

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