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Um comandante militar norte-americano no Afeganistão disse na sexta-feira que duvida que a saída do general Stanley McChrystal da chefia militar levará a uma mudança na orientação sobre o uso da força que alguns soldados vêem como muito restrita.

O presidente dos EUA, Barack Obama, demitiu McChrystal, seu principal comandante militar no Afeganistão, por causa de declarações dadas por ele e seus auxiliares a uma revista num artigo explosivo que depreciava o presidente e outros líderes civis.

Obama nomeou o general David Petraeus, a quem se atribui o salvamento da guerra no Iraque, como substituto de McChrystal.

O general-de-brigada Richard Mills, que é da Marinha dos EUA e está no comando das forças da Otan no sudoeste do Afeganistão, afirmou que Petraeus poderá revisar algumas diretrizes, mas ele não tem certeza se a troca levará a alguma mudança nas regras para o uso de força por soldados no Afeganistão.

"Acho que nossas regras de combate são flexíveis o bastante para sermos capazes de darmos às tropas o que elas precisam," disse Mills a jornalistas em Londres via um vídeo link a partir da província de Helmand, no sul do Afeganistão.

"Não creio que a mudança ocorrida no quartel-general terá necessariamente impacto direto sobre a rua aqui em Helmand -- é possível que nunca, e com certeza não por um período," afirmou ele.

As forças internacionais têm causado um número menor de mortes entre civis afegãos em razão de regras mais rigorosas para a ação, afirma a coalizão. Ganhar os civis e ao mesmo tempo reforçar a operação militar de áreas mantidas por insurgentes são pontos cruciais da estratégia delineada por McChrystal.

O artigo da Rolling Stone com McChrystal traz alguns soldados norte-americanos protestando furiosamente sobre as regras.

Obama afirmou na quinta-feira que a exoneração de McChrystal não afetaria a estratégia para o Afeganistão. A guerra atingiu um ponto crítico, apesar da presença de cerca de 140 mil soldados estrangeiros. O Taliban mostra-se em seu ponto mais forte desde que o movimento islâmico foi derrubado do poder em 2001 pela invasão liderada pelos EUA.

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