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O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, ofereceu nesta quarta-feira (27) aos partidos pró- independência da região da Catalunha "um ponto de encontro" que deixe para trás propostas "radicais" como um referendo separatista, que Madri rejeita.
Sánchez assim se pronunciou em uma entrevista coletiva sobre o discurso de Natal proferido na terça-feira (26) pelo presidente regional catalão, o independentista Pere Aragonés. No pronunciamento, Aragonés disse que 2024 deve ser o ano que marca o início da "segunda fase do processo de negociação com o Estado" para que a Catalunha realize um referendo sobre sua independência.
"Estamos familiarizados com as propostas do movimento pró-independência. Nada de novo sob o sol (...) Temos que abrir uma nova fase de diálogo e normalização da situação política na Catalunha, que envolve medidas legislativas, como a lei de anistia, e também encontrar um ponto de encontro entre essas propostas maximalistas do movimento pró-independência", declarou Sánchez.
O Congresso dos Deputados (câmara baixa do Parlamento espanhol) está tramitando uma proposta do Partido Socialista (PSOE), de Sánchez, sobre uma lei de anistia para crimes cometidos por soberanistas catalães durante o processo separatista ilegal de 2017.
Como fez na semana passada, quando se reuniu com Aragonés em Barcelona, Sánchez insistiu hoje na recusa a um referendo de autodeterminação, que, segundo ele, "logicamente não é compartilhado nem aceito pelo governo da Espanha, nem pelas forças que apoiam o governo de coalizão" da esquerda, formado por PSOE e Sumar.
O chefe do Executivo ofereceu mais uma vez ao governo autônomo catalão e ao restante das regiões espanholas uma reforma do sistema de financiamento.
"É hora de reformá-lo e atualizá-lo. Conversaremos com a Catalunha e com todas as comunidades autônomas", disse Sánchez, sem comentar a proposta de Aragonés de que a Catalunha deveria ter um modelo de financiamento único para acabar com seu déficit fiscal.