Pyongyang O governo norte-coreano afirmou ontem que as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em resposta ao teste nuclear realizado por Pyongang na semana passada são uma "declaração de guerra e uma violação à soberania do país.
O Ministério das Relações Exteriores norte-coreano divulgou um comunicado, veiculado pela agência estatal, dizendo que o país "quer paz, mas não está com medo diante das retaliações.
"A resolução não pode ser vista de outra forma que não uma declaração de guerra contra a República Democrática Popular da Coréia, diz o texto. Pyongang também classifica a resolução como um "produto da política hostil dos EUA em relação à Coréia do Norte.
O anúncio ministerial diz ainda que, se qualquer país tentar utilizar a resolução para ferir a soberania do país, o governo norte-coreano tomará medidas "drásticas e impiedosas. O governo diz estar acompanhando as atitudes dos Estados Unidos para tomar as medidas cabíveis, sem ceder às pressões ou às ameaças.
Uma autoridade militar norte-coreana afirmou que seu país não pretende, em princípio, lançar mão das armas nucleares. "Se os inimigos nos provocarem seremos obrigados a lutar. Mas se a ameaça for retirada, para que precisaremos recorrer às armas nucleares?, disse Song Jong Chol, oficial em serviço na fronteira com a Coréia do Sul.
Sanções
As sanções, aprovadas por unanimidade pelo Conselho de Segurança no sábado, proíbem a venda de armas pesadas à Coréia do Norte e permite a inspeção de cargas com origem e destino no país. A medida proposta pelos EUA também prevê o congelamento de bens de pessoas ou entidades que forneçam armas e tecnologia nuclear a Pyongang.
A Coréia do Norte anunciou a realização de um teste nuclear em 9 de outubro, causando indignação da comunidade internacional.
Na segunda-feira, o diretor de inteligência norte-americana, John Negroponte, anunciou que resultados das amostras de ar colhidas no local do teste apontam que a explosão realizada pelo governo norte-coreano foi de fato nuclear.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada