Novas e rigorosas sanções contra os setores bancário, de navegação e industrial do Irã entraram em vigor neste sábado, parte de uma iniciativa da União Europeia para forçar Teerã a reduzir seu programa nuclear.
As sanções, acordadas em outubro, ganharam vigência na legislação com sua publicação no Diário Oficial da União Europeia no sábado.
As medidas, as mais duras do organismo até agora, incluem proibições de transações financeiras, vendas de aço e equipamentos de navegação e importação de gás natural do Irã, que se somam a proibições anteriores, incluindo as restrições ao petróleo do país.
Elas refletem a preocupação acentuada com os objetivos nucleares do Irã e com as ameaças israelenses de atacar as instalações atômicas iranianas se a diplomacia e outras medidas não obtiverem uma solução.
Diplomatas afirmam esperar que as conversas com o Irã possam ser retomadas em janeiro, mas estão esperando uma resposta de Teerã, que insiste que seu programa nuclear é para fins puramente pacíficos de geração de energia.
As novas sanções marcam uma mudança significativa na política do bloco de 27 membros, que anteriormente visou sobretudo pessoas e empresas com restrições econômicas.
Em um comunicado, a Comissão Europeia disse que a nova lei elevou para 490 o número de entidades sujeitas às sanções, e para 105 o número de pessoas.
Nas três rodadas de conversações desde abril, o Irã se recusou a diminuir as atividades de enriquecimento de urânio a menos que as sanções econômicas de maior impacto sejam rescindidas.