Sanções econômicas contra o Irã provavelmente não vão dissuadir Teerã de buscar uma capacidade nuclear, disse Leon Panetta, diretor da CIA, no domingo (27).

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Instigado pela administração de Obama, o Conselho de Segurança da ONU aprovou, esse mês, uma resolução para impor novas sanções ao Irã por causa do seu programa nuclear. Novas sanções também foram aprovadas pela União Europeia e pelo Congresso Americano.

As nações ocidentais dizem que o trabalho nuclear do Irã visa a construção de armas atômicas, mas Teerã diz que o programa é para o uso civil de energia.

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Em uma entrevista para o programa de TV da rede ABC, This Week, Panetta disse que as novas sanções podem criar sérios problemas econômicos e ajudar a enfraquecer o governo de Teerã. "Isso vai desencorajá-los (ao Irã) de alcançar seus objetivos em relação ao seu desenvolvimento nuclear? Provavelmente, não," disse ele, completando que o Irã continuava a desenvolver o seu know-how nuclear.

Os Estados Unidos acreditam que o Irã tenha, no momento, bastante urânio pouco enriquecido para a fabricação de duas armas nucleares, mas primeiro, eles teriam que enriquecê-lo, disse o diretor da Agência de Inteligência.

"E acreditamos que, se eles resolverem tomar essa decisão, eles provavelmente levarão um ano para chegar lá e, provavelmente, precisarão de mais um ano para desenvolver um sistema de entrega de armas para tornar isso possível," disse Panetta.

Ele disse que Israel acredita mais do que Washington que o Irã já tomou a decisão de seguir adiante com os planos de fazer a bomba, mas Israel aceita esperar para ver o impacto que as novas sanções terão. Nem os Estados Unidos nem Israel descartaram a opção de uma ação militar para impedir que Teerã consiga fazer a bomba.

"Acho que eles (Israel) estão dispostos a nos dar um tempo para tentar mudar o Irã de forma diplomática, cultural e política, em vez de mudá-los através da ação militar," ele disse.

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