Simpatizantes do partido Frente Sandinista de Libertação Nacional acenam bandeiras durante comemoração em Manágua, na Nicarágua. O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, venceu por ampla maioria as eleições de domingo e se tornou o primeiro governante a ser reeleito consecutivamente no país desde o fim da ditadura, em 1979| Foto: REUTERS/Enrique De La Osa

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, venceu por ampla maioria as eleições de domingo e se tornou o primeiro governante a ser reeleito consecutivamente no país desde o fim da ditadura, em 1979.

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Ortega, um ex-guerrilheiro marxista e líder da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), estava com 62,6 por cento dos votos, segundo uma projeção feita com base em uma amostra de 38 por cento das seções eleitorais, informou o Conselho Supremo Eleitoral.

Essa quantidade de votos é suficiente para garantir a Ortega um novo mandato de cinco anos, sem a necessidade de a votação ir a segundo turno.

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Em segundo lugar estava o empresário conservador e radialista Fabio Gadea, com 30,8 por cento. A direção de sua campanha afirmou que não reconheceria a vitória de Ortega enquanto não fossem computados todos os votos.

Ortega detém forte popularidade construída a partir de uma série de programas sociais financiados com o apoio do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, seu aliado. Os programas incluem melhorias na saúde e educação, financiamento para negócios e a entrega de casas ou animais à população pobre, como vacas ou galinhas.

Chávez e o líder cubano, Raúl Castro, felicitaram Ortega e se comprometeram a manter as estreitas relações bilaterais.

Milhares de pessoas saíram às ruas da capital, Manágua, para festejas a vitória do líder sandinista.

Ortega se elegeu pela primeira vez presidente em 1980, depois que a insurreição sandinista, de esquerda, derrubou a ditadura de Anastacio Somoza. Em 2007 ele regressou ao poder, após 16 anos de governos de direita no país.

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Depois que os sandinistas tomaram o poder, a Nicarágua se tornou nos anos 1980 palco de confrontos da Guerra Fria, que opuseram o governo aos rebeldes chamados "contras", os quais tinham o apoio dos Estados Unidos.