Londres Os rastros de sangue achados no apartamento onde desapareceu Madeleine McCann não são da menina, informou ontem o jornal britânico The Times, que publica os resultados dos testes dos legistas.
O laboratório de medicina legal de Birmingham (centro-oeste da Grã-Bretanha), onde o sangue encontrado em Portugal é analisado, se declarou "surpreso" com o artigo, afirmando que as análises ainda não foram concluídas. "Não podemos fazer comentários, mas estamos surpresos com o artigo do The Times", declarou à imprensa uma porta-voz do laboratório. Uma fonte ligada ao caso frisou que as análises não suscitaram até o momento conclusão alguma.
A Polícia judicial portuguesa, responsável pela investigação, também não recebeu os resultados das análises, nem os preliminares, afirmou um de seus porta-vozes. O Times cita um relatório de quatro páginas segundo o qual, o sangue encontrado pertenceria a um homem do "nordeste europeu". Esta conclusão, no entanto, só traria 72% de certeza devido ao mal estado da amostra, informou o periódico.
A Polícia portuguesa encontrou, com a ajuda de cães treinados, vestígios de sangue em uma das paredes e na barra das cortinas do quarto onde desapareceu a pequena "Maddie".
Após o desaparecimento da menina, surgiu a informação de que um outro inquilino se feriu dentro do apartamento. Isso poderia explicar os restos de sangue, afirma o jornal.
A menina inglesa desapareceu há 105 dias de um hotel de Praia da Luz enquanto dormia junto com seus dois irmãos gêmeos de dois anos e seus pais jantavam com amigos em um restaurante a cerca de 50 metros do local.
