O patriarca latino de Jerusalém, monsenhor Fouad Twal, beija a pedra onde acredita-se que o corpo de Jesus foi colocado e lavado após a crucificação| Foto: JIM HOLLANDER/EFE

A Basílica do Santo Sepulcro de Jerusalém abrigou neste domingo (5) centenas de pessoas que não quiseram perder a missa solene por ocasião do Domingo da Ressurreição, último grande evento da semana pascal na Terra Santa.

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Oficiada pelo patriarca latino de Jerusalém, monsenhor Fouad Twal, máximo representante da Igreja Católica na Terra Santa, a missa aconteceu junto ao sepulcro vazio, onde segundo a tradição cristã, Jesus ressuscitou.

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“Como cristãos, estamos chamados no coração do Oriente Médio, sacudido por guerras e violência desesperada, a sermos sinais de esperança acima de tudo”, mencionou o patriarca durante a homilia pascal.

“Nosso futuro nesta zona e no mundo é incerto e inclusive incompreensível, mas não temas, nos assegurou Cristo. Ele está conosco sempre, até o fim dos tempos (Mt 28:20)”, prosseguiu.

A basílica, um dos edifícios emblemáticos para o cristianismo, está localizada na cidadela antiga de Jerusalém e contém o Gólgota, onde a crença popular sustenta que também foi enterrado o primeiro homem, Adão, que recuperou momentaneamente a vida devido ao sangue derramada por Cristo após a crucificação.

Fiéis locais majoritariamente palestinos e peregrinos vindos de diferentes partes do mundo cantaram “aleluias” e “hosanas” pela ressurreição de Jesus, e depois marcharam em procissão solene no interior da basílica até a “pedra da unção”.

“Quando as mulheres seguidoras de Jesus foram ao túmulo com especiarias para ungir o corpo do cristo crucificado encontraram uma tumba aberta e vazia e viram um jovem homem, vestido com uma túnica branca que lhes disse: ‘Busquem Jesus de Nazaré, o crucificado. Ele ressuscitou, não está aqui” (Mk 16:6-7), recitou o patriarca.

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O ritual em torno do Santo Sepulcro inclui também o desfile de monges franciscanos que dão três voltas no local onde acredita-se foi que cristo tenha sido enterrado, enquanto os fiéis acendem velas.

O patriarca latino teve palavras para lembrar a situação vivida pela comunidade cristã na Terra Santa.

“A cada dia no Oriente Médio somos testemunhas de trágicos eventos que nos transformam inclusive em contemporâneos do Calvário. Mas nosso júbilo e fé no Senhor Ressuscitado ‘ninguém tirará’ (Jn 16:22) porque o Senhor nos convida hoje, inclusive no meio das dificuldades, a provar os primeiros frutos da ressurreição”.

Os monges franciscanos da Custódia da Terra Santa se dirigirão nesta tarde à aldeia palestina de Al-Queibe, situada a cerca de 11 quilômetros de Jerusalém, para comemorar a reaparição de Jesus Cristo perante dois discípulos anônimos que o reconheceram ao repartir um pão entre eles, o que constitui o rito eucarístico, segundo o evangelista São Lucas.

A realização da Semana Santa em Jerusalém coincide com a da festividade pascal judia de “Pessach”, na qual milhares costumam visitar a cidade ao ser considerada uma das três festividades do calendário hebreu de peregrinação à cidade santa.

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