O ex-ministro da Defesa da Colômbia Juan Manuel Santos despontou como favorito para o segundo turno da eleição presidencial após uma vitória consistente no primeiro turno.

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Santos beneficiou-se da queda na violência ligada aos rebeldes, do aumento do investimento na Colômbia e do forte apoio do setor rural para ficar bem à frente do ex-prefeito de Bogotá Antanas Mockus no domingo, apesar de as pesquisas de opinião indicarem um empate antes da votação.

Embora sem obter a maioria absoluta necessária para evitar o segundo turno de 20 de junho, Santos, descendente de uma família rica de Bogotá, obteve 47% dos votos, enquanto Mockus ficou com 22%.

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Seu bom desempenho numa eleição com nove candidatos foi visto como testemunho da popularidade do presidente Alvaro Uribe, apesar da série de escândalos envolvendo direitos humanos e corrupção que acompanharam o segundo mandato de Uribe e deram suporte a Mockus.

"Os colombianos não quiseram dar um pulo no escuro e eles mostraram isso nesta eleição", disse Uribe à rádio Caracol, pedindo que outros partidos formem uma aliança para o segundo turno.

Uma vitória de Santos em junho seria um teste para os laços com a Venezuela, onde o presidente socialista Hugo Chávez o chamou de "ameaça" durante a disputa diplomática que afetou o comércio entre os vizinhos da região dos Andes.

Mockus se sobressaiu nas pesquisas de antes da votação, empatando com Santos, que foi forçado a reformular a campanha para concentrar-se nos temas emprego e economia. Santos também se beneficiou das gafes cometidas por Mockus durante os debates presidenciais.

As pesquisas podem ter subestimado o apoio a Santos nas áreas rurais, as mais beneficiadas com as iniciativas de Uribe na segurança contra as guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), contra os paramilitares de direita e os traficantes de cocaína.

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As guerrilhas colombianas têm sido combatidas com uma guerra apoiada pelos Estados Unidos, e o investimento nas indústrias do petróleo e da mineração aumentou durante o governo de Uribe. Apesar de uma taxa de aprovação de mais de 60 por cento, a alta corte determinou que o presidente não poderia concorrer a um terceiro mandato.

É provável que os investidores fiquem satisfeitos com a ampla margem de apoio a Santos, porque há uma percepção de que o ex-ministro das Finanças, educado nos EUA e na Grã-Bretanha, tenha uma probabilidade maior (do que Mockus) de manter as posições de Uribe com relação a regulação, impostos e restrição fiscal.

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