O presidente Juan Manuel Santos: aceno para o entendimento| Foto: Presidência da Colômbia/AFP

Saúde

Vice passa por cirurgia no coração

O novo vice-presidente da Colômbia, Angelino Garzón, foi submetido a uma cirurgia de emergência ontem após ter sofrido um infarto de miocárdio apenas dois dias depois de ter assumido o cargo. Após a cirurgia, Garzón, de 64 anos, foi transferido para a unidade de terapia intensiva.

Garzón, ex-sindicalista e diplomata, sentiu na manhã de ontem uma dor no peito que forçou sua hospitalização de emergência e a realização de um eletrocardiograma.

Segundo a Constituição colombiana, o vice-presidente substitui o presidente nas ocasiões de ausência temporária. Garzón foi dirigente sindical por muito tempo e governador do departamento de Valle, antes de ser nomeado representante da ONU.

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O novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, recebe hoje o colega venezuelano, Hugo Chá­­vez, com a expectativa de iniciar o processo de normalização das relações diplomáticas bilaterais, rompidas por Caracas em julho em reação às acusações de Bogotá de que o país tolera presença guer­­rilheira.O cenário será a simbólica quin­­ta de San Pedro Alejandrino, na cidade de Santa Marta, onde morreu Simón Bolívar (1783-1830), herói da independência da Venezuela e da Colômbia e figura reverenciada por Chávez.

O ex-presidente colombiano Andrés Pastrana (1998-2002) pediu ao "Libertador’’ para "iluminar a cabeça’’ dos dois mandatários. Já o presidente Luiz Inácio Lu­­la se disse, em São Paulo, um "otimista inveterado’’ quanto à possibilidade de que os dois governos se entendam.

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Ao lado do colega salvadorenho, Mauricio Funes, Lula classificou Santos de "experiente’’ e dis­­se: "Que Deus o abençoe para que construa a paz que todo mun­­do quer’’.

O brasileiro recebe o colega colombiano, em sua primeira via­­gem internacional no cargo, em 1.º de setembro.

Para a analista Socorro Ramí­­rez, do Grupo Venezuela-Colôm­­bia da Universidade Nacional de Bogotá, o que importa mesmo no encontro de hoje é "rodear de solidez’’ a boa vontade que permitiu a rápida articulação diplomática entre Caracas e Bogotá, apenas três dias depois da troca de governo na Colômbia.