O santuário de Mia Ali Baba, no leste do Afeganistão, é um lugar sagrado e os responsáveis por ele afirmam que pacientes com problemas mentais conseguem se curar de doenças se viverem no lugar por 40 dias.

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Há cerca de 300 anos, os guardiães do templo cuidam dos doentes mentais usando métodos que parecem medievais, como acorrentar pacientes às paredes. Eles afirmam que a missão é dedicada a manter o legado do ancestral homenageado no templo, um homem santo chamado Ali Baba e que era conhecido na região próxima da cidade de Jalalabad por cuidar dos doentes mentais quando eles eram abandonados pelas outras pessoas.

"Esta é considerada uma obrigação da minha família, mas também é uma honra", diz Mia Subadar, um dos atuais guardiães do templo. "Desde que estou aqui, centenas de pessoas já vieram e saíram daqui saudáveis", assegura ele.

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Santuários como o de Mia Ali Baba são desdenhados por profissionais da área de saúde e por outros críticos, que os consideram ineficazes e acusam as pessoas que dirigem esses templos de se aproveitarem da fé religiosa e da superstição de pessoas vulneráveis para ganhar dinheiro em cima delas. Mas, no Afeganistão, um país devastado pela pobreza e por décadas de sucessivas guerras, muita gente não dispõe de acesso nem à saúde básica, e muito menos a cuidados para com os doentes mentais.

E, com as alegações do governo de que mais de 60% dos cidadãos sofrem de problemas psicológicos, que vão desde ansiedade até depressão, fica um grande vazio a ser preenchido.