Uma explosão matou pelo menos 29 pessoas que retiravam petróleo de poças formadas ao redor de uma parte rompida de um oleoduto fora de uso na região central do Iraque, na noite de segunda-feira, disseram testemunhas nesta terça-feira.
Um repórter da Reuters na região perto de Diwaniya, a 180 quilômetros ao sul de Bagdá, contou 15 corpos carbonizados, incluindo o de um menino. Uma autoridade hospitalar disse que foram levados oito corpos para Diwaniya. A explosão feriu gravemente outras 26 pessoas.
A causa da explosão ainda está sendo investigada.
Uma fonte policial disse que mais de 50 pessoas morreram, mas o número não pôde ser confirmado. Testemunhas disseram que a explosão aconteceu por volta das 23h (16h de Brasília), quando um grupo com muitas pessoas tirava petróleo de duas grandes poças.
Uma testemunha disse que ainda havia corpos no local.
- O governo é culpado por isso. Ele elevou os preços do combustível e forçou as pessoas a fazerem estas coisas perigosas - disse à Reuters um idoso no local.
O país vive uma crise de combustível devido a sabotagem e a falhas na infra-estrutura, e muitos iraquianos procuram combustível de maneira desesperada. Há muito contrabando de petróleo.
Os preços de combustíveis subiram muito com a decisão do governo de acabar com os subsídios, após acordo com o Fundo Monetário Internacional, o que irritou os iraquianos.
Uma autoridade do Ministério do Petróleo em Bagdá disse que o oleoduto é um dos muitos que estão fora de operação no Iraque devido a interrupções de fornecimento. Os resíduos no cano podem ter causado a explosão, disse.
A explosão não parece ter relação com a violência de segunda-feira em Diwaniya, quando pelo menos 20 soldados iraquianos foram mortos em combates com milicianos xiitas nas ruas, em um dos conflitos mais sangrentos entre rivais no Sul do Iraque, onde a maioria da população é xiita.
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