Os quatro jornalistas funcionários e ex-funcionários do tabloide "The Sun" e o agente detidos pela relação com o caso de escutas ilegais do "The News of the World" foram liberados mediante pagamento de fiança, informou neste domingo a Scotland Yard.
As detenções dos cinco homens, com idades entre 29 e 56 anos, foram realizadas no sábado em diferentes domicílios de Londres e de Essex, pela investigação de envolvimento nos supostos subornos pagos por repórteres a agentes.
Os cinco foram postos em liberdade pagando uma fiança e aguardam novas investigações, segundo afirmou um porta-voz policial.
O agente, de 29 anos e que trabalha em um departamento de vigilância territorial da Polícia Metropolitana, foi detido quando estava em serviço em uma delegacia policial de Londres.
Sua detenção aconteceu sob a suspeita de "corrupção, má conduta no exercício da profissão em uma repartição pública e conspiração". Trata-se do segundo policial detido em serviço como parte dessa operação depois da detenção no mês passado de uma agente de 52 anos, que pagou fiança para ser liberada.
O restante são os ex-diretores do "The Sun" Fergus Shanahan e Graham Dudman, além do atual diretor Mike Sullivan e do chefe de informação, Chris Pharo.
Os funcionários e ex-funcionários do jornal sensacionalista foram liberados pagando fiança após terem sido interrogados como suspeitos de "corrupção, ajudar a instigar a má conduta em uma repartição pública e conspiração", disseram as fontes.
Já são 14 os presos dentro da chamada "Operação Elveden", que investiga possíveis subornos a agentes e se desenvolve de forma paralela à pesquisa policial sobre a espionagem jornalística do jornal britânico fechado em julho.
O juiz britânico Brian Leveson investiga atualmente a ética jornalística com relação às escutas ilegais que foram feitas durante anos pelo jornal "The News of the World", propriedade do magnata Rupert Murdoch, que interceptou telefones de ricos e famosos para obter informações exclusivas.
Em 2006 se tornou pública a espionagem jornalística, mas a investigação foi depois fechada pela Polícia, que retomou o caso em janeiro.
O escândalo foi agravado com a revelação de que foram feitas escutas em telefones de familiares de vítimas de crimes, terrorismo e soldados mortos em combate.