O presidente francês, Nicolas Sarkozy, considerou neste domingo que o acordo de Schengen, que permite suprimir controles nas fronteiras internas entre os Estados europeus firmantes, deve ser "revisado", e ameaçou suspender a participação da França se não for estabelecido "um governo político de Schengen" em um ano.

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Durante um ato de sua campanha como candidato em busca de reeleição à Presidência nas próximas eleições de abril-maio, Sarkozy disse que "os acordos de Schengen não permitem seguir respondendo à gravidade da situação" causada pelos fluxos migratórios.

"É preciso fazer com Schengen uma reforma tão estrutural como a que acabamos de fazer com o euro", disse o presidente-candidato, que considera que "não se deve deixar o controle dos fluxos migratórios apenas nas mãos de tecnocratas e tribunais".

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"Na atual situação econômica e social, se a Europa não controlar as entradas em seu território, não poderá acolher dignamente aqueles que chegam, não poderá atender à demanda de integração daqueles que têm dificuldades para encontrar seu lugar na sociedade, e não poderá seguir financiando sua previdência social", advertiu.

"Deve-se punir, suspender ou excluir de Schengen um Estado que falhar, assim como se deve punir um Estado da Eurozona que não cumprir com suas obrigações", disse Sarkozy.