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Guerra

Sarkozy afirma que Israel e palestinos aceitam trégua em Gaza

Palestinos rezam em frente a corpos no velório dos mortos em bombardeio de Israel sobre escola da ONU | Mohammed Salem/Reuters
Palestinos rezam em frente a corpos no velório dos mortos em bombardeio de Israel sobre escola da ONU (Foto: Mohammed Salem/Reuters)
Mulher palestina chora após bombardeio em escola da ONU, em Gaza, ter matado dezenas de pessoas |

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Mulher palestina chora após bombardeio em escola da ONU, em Gaza, ter matado dezenas de pessoas

Soldado israelense lança ataque contra Gaza: ideia da ONU de montar um

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Soldado israelense lança ataque contra Gaza: ideia da ONU de montar um

Palestinos levantam o corpo de vítima do ataque próximo a escola: mortos no conflito já passam de 600, segundo ONU |

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Palestinos levantam o corpo de vítima do ataque próximo a escola: mortos no conflito já passam de 600, segundo ONU

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Palestino morto em bombardeio de Israel sobre o campo de refugiados al-Shati, na Faixa de Gaza |

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Palestino morto em bombardeio de Israel sobre o campo de refugiados al-Shati, na Faixa de Gaza

Israel e a Autoridade Palestina aceitaram a proposta de cessar-fogo franco-egípcia na Faixa de Gaza, informou nesta quarta-feira o presidente da França, Nicolas Sarkozy.

A informação foi divulgada pelo escritório do governo francês. No comunicado, Sarkozy diz que espera que o plano seja implementado "o mais rápido possível" para que "o sofrimento da população seja interrompido".

Israel não confirmou a aceitação e disse que as negociações estão "em andamento". Representantes do Hamas, o movimento islâmico que controla Gaza, também disseram que as negociações seguem.

O Egito havia anunciado na terça a proposta do cessar-fogo imediato, que seria seguido de conversações para um acordo de longo prazo entre os dois lados envolvidos no conflito de 12 dias que já matou mais de 635 e feriu 2.900 em Gaza, além de ter matado nove israelenses.

As negociações incluem o fim imediato do bloqueio à região palestina atualmente dominada pelo Hamas.

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, apresentou a proposta em um comunicado breve depois de conversar com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh.

Em 2008, o Egito conseguiu mediar uma trégua de seis meses entre Israel e o Hamas, que chegou ao fim em 19 de dezembro. Após esta data, o Hamas voltou a lançar foguetes contra o território israelense, alegando que Israel mantinha o bloqueio contra Gaza.

Israel quer que uma força internacional destrua os túneis ao longo da fronteira entre Gaza e Egito, que, segundo os israelenses, seria usado pelo Hamas para contrabandear armas.

Trégua diária

O Exército de Israel iniciou às 13h desta quarta-feira (9h de Brasília) uma interrupção diária dos bombardeios em Gaza para permitir a entrada de ajuda humanitária, informaram fontes do governo do país.

A interrupção teve "razões humanitárias", segundo um porta-voz militar. Israel decidiu cessar os bombardeios em Gaza entre 13h e 16h (9h e 12h do horário de Brasília).

A continuidade desta medida de interromper os bombardeios durante três horas diárias será estudada a cada dia em função da situação, disse Peter Lerner, porta-voz do organismo dependente do Ministério da Defesa que coordena as atividades de Israel nos territórios palestinos

A decisão foi adotada depois que, pressionada pela comunidade internacional, Israel aceitou abrir um corredor humanitário na Faixa de Gaza , submetida a bombardeios que na terça-feira deixaram pelo menos 40 mortos em uma escola administrada pela ONU.

Autoridades do Hamas, movimento islãmico que controla o território palestino, disseram ter sido informadas previamente sobre os planos de Israel. Abu Marzuk, integrante da ala política do Hamas, disse em Damasco, na Síria, que os militantes também interromperiam o lançamento de foguetes sobre Israel durante a trégua.

O gabinete do primeiro-ministro Ehud Olmert anunciou nesta quarta que Israel abrirá um corredor humanitário "para prevenir uma crise humanitária na Faixa de Gaza". A decisão foi comunicada à secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice.

Agências de ajuda reclamaram da grande crise enfrentada pelos 1,5 milhão de palestinos que vivem na Faixa de Gaza.

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