O presidente francês, Nicolas Sarkozy, candidato à reeleição em abril, foi vaiado por manifestantes durante visita a Bayonne (sudoeste), no País Basco francês.
Uma multidão se reuniu em frente ao restaurante onde Sarkozy tinha marcado uma reunião. Sarkozy entrou no restaurante, enquanto jovens atiravam ovos na direção do presidente. Reforços policiais foram chamados para que ele saísse do estabelecimento.
Anteriormente, em meio a partidários que gritavam "Nicolas!, Nicolas!" e opositores que diziam "Nicolas kampora! (Fora Nicolas!, em basco), o presidente teve dificuldades para atravessar as estreitas ruas do centro histórico de Bayonne, enquanto choviam folhetos do Batera, grupo que exige um estatuto especial para o País Basco.
Militantes socialistas, alguns dos quais carregavam o programa do candidato de seu partido, François Hollande, que supera atualmente Sarkozy nas pesquisas, também protestaram contra o presidente sem vaiá-lo da mesma forma.
Dentro do restaurante, Sarkozy criticou "a violência de uma minoria, cuja conduta é inadmissível", afirmando se tratar de uma "minoria de foragidos" e lamentando que "militantes socialistas se aliem a independentistas bascos".
Mais cedo, o presidente havia parabenizado a convergência de pontos de vista entre a França e a Espanha sobre a questão basca, afirmando que acompanha com "grande interesse" o processo político realizado no país vizinho.
Sarkozy e vários de seus partidários instaram quase imediatamente ao candidato socialista a "condenar estes comportamentos". Pouco depois, Hollande considerou que não era necessário "ceder à violência verbal e menos ainda à violência física" durante um ato eleitoral em Lyon (centro-oeste da França).
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