O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou ontem que não vai recuar na decisão de aumentar de 60 para 62 anos, a partir de 2018, a idade mínima para a aposentadoria, um dos principais pontos da reforma da previdência que seu governo pretende aprovar. A afirmação foi feita um dia depois de uma grande mobilização no país contra a medida. "De nenhuma maneira mudaremos este ponto", declarou Sarkozy na reunião semanal do conselho de ministros, segundo o Palácio do Eliseu, sede da presidência.
Sarkozy reiterou que a reforma do sistema de aposentadorias defendida por seu governo, apresentada na terça-feira no Parlamento, é "uma das mais importantes, já que no momento em que uma aposentadoria em cada dez é financiada pela dívida, devemos garantir aos franceses que suas aposentadorias e as de seus filhos serão pagas".
A reforma, que provou manifestações nas principais cidades do país, prevê elevar a idade mínima a partir de 2018 e aumentar de 65 a 67 anos a idade para obter uma aposentadoria completa, os dois pontos mais polêmicos.