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Paris – Pelo segundo dia consecutivo, os trabalhadores do setor de transportes coletivos mantiveram fechados quase todos os serviços ferroviários na França ontem, obrigando passageiros a adiar suas viagens. Para chegar ao trabalho, os cidadãos tiveram de caminhar, usar bicicletas ou carros particulares. Houve um gigantesco congestionamento de 300 quilômetros na manhã de ontem nas rodovias e vias rápidas da Ile-de-France, a área metropolitana de Paris.

Em comparação a quarta-feira, primeiro dia de greve, houve um pequeno aumento na circulação de trens. As autoridades informaram que 150 dos 700 trens rápidos funcionaram ontem, ante os 90 do dia anterior. Em relação ao metrô de Paris especificamente, a informação é de que ontem três linhas ficaram totalmente paralisadas. Nas demais linhas, o porcentual de trens parados chegou a 80%.

Negociação

Governo e sindicatos negociam o fim da greve. Os sindicatos já optaram, no entanto, por manter a paralisação hoje. O presidente Nicolas Sarkozy reiterou que não abrirá mão de cortar benefícios do sistema de aposentadoria dos ferroviários.

Após seis meses de governo, o impasse é o primeiro grande desafio nos planos de Sarkozy para modernizar a França. Na noite de quarta-feira, o presidente deixou claro que quer o fim da paralisação "o quanto antes".Apesar de dizer que "o coração da reforma" é inegociável, Sarkozy acatou a exigência dos sindicatos de fazer negociações separadas em cada companhia do setor de transportes, sempre com a participação de um representante do governo.

O presidente quer que os franceses trabalhem 40 anos para obterem todos os benefícios da aposentadoria, em vez dos atuais 37,5 anos vigentes em alguns setores de serviços públicos, em especial o dos transportes.

Em carta enviada na quarta-feira aos líderes sindicais, o ministro do Trabalho, Xavier Bertrand, disse acreditar que as negociações devem começar o quanto antes e terminar em menos de um mês. O governo espera uma resposta dos seis sindicatos que estão em greve.

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