O presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu nesta sexta-feira respeito mútuo de visões entre seu país e a Turquia. As duas nações travam uma disputa diplomática, após a Assembleia Nacional, a Câmara Baixa francesa, aprovar na quinta-feira um projeto que criminaliza o genocídio armênio. O projeto seguiu para o Senado.
"Eu respeito as visões de nossos amigos turcos - é um grande país, uma grande civilização - e eles devem respeitar as nossas" afirmou Sarkozy em Praga, onde está para o funeral do ex-presidente da República Checa e ícone revolucionário Vaclav Havel.
O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, pediu calma em meio à disputa diplomática. Segundo ele, algumas declarações dadas foram "excessivas". "Há muitas razões para manter a relação de França e Turquia de confiança e, ouso dizer, de amizade", afirmou Juppé. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, chegou a afirmar que a França era "racista" e acusou o país de incitar o sentimento antimuçulmano.
Após a aprovação da lei na Câmara Baixa francesa, a Turquia convocou seu embaixador em Paris para consultas e interrompeu os contatos oficiais, inclusive grande parte da cooperação militar, em protesto.
- Turquia aumenta o tom em crise com a França por lei do genocídio armênio
- Israel suspende acordo de venda de sistemas de inteligência para Turquia
- Turquia suspende relações políticas e militares com a França
- Turquia convoca embaixador na França após voto sobre genocídio
- Deputados franceses aprovam lei que penaliza negação do genocídio armênio
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo