O presidente do Senado, José Sarney, defendeu nesta terça (22) a atitude do Brasil de abrigar o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya. Zelaya representa a resistência ao autoritarismo que viola as instituições. Nossa obrigação é acolhê-lo.
Quase três meses após ter sido deposto do cargo, Zelaya conseguiu voltar ao seu país, onde buscou refúgio na Embaixada do Brasil, já que corre o risco de ser detido devido ordem de prisão expedida contra ele.
Preso por um grupo de militares e deposto do cargo no dia 28 de junho, Zelaya foi obrigado a embarcar em um avião e deixar o país rumo Costa Rica. Em seu lugar assumiu o então presidente do Congresso hondurenho, Roberto Micheletti, cujo governo, desde o início, não foi reconhecido pela comunidade internacional.
Para destituir Zelaya da Presidência - ato classificado pelo governo brasileiro, entre outros, como um golpe de Estado a oposição alegou que ele infringiu a Constituição ao insistir na realização de uma consulta população sobre mudanças constitucionais, entre elas, a possibilidade de reeleição presidencial. Em Honduras, a Constituição veta a reeleição.
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