Fotos de satélite revelam o que pode ser o “presente de Natal” da Coreia do Norte aos EUA

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Novas imagens de satélite indicam que a Coreia do Norte construiu uma nova estrutura em uma fábrica de equipamentos militares usados para o lançamento de mísseis balísticos intercontinentais, relatou a Associated Press. As informações chegam em meio a preocupações sobre um novo teste de mísseis de longo alcance que pode ser conduzido por Pyongyang nos próximos dias.

No começo do mês, a Coreia do Norte disse que o diálogo com os EUA não passou de um "truque tolo" dos americanos e alertou que Washington poderia receber um "presente indesejado" de Natal, que dependeria das ações do governo americano.

As fotos de satélite feitas pela empresa Planet Labs mostram a fábrica March 16, em Pyongsong, onde são construídos os caminhões especiais usados como lançadores de mísseis balísticos intercontinentais. Uma das imagens, feita em 19 de dezembro, indica que uma obra de expansão foi realizada no local.

Jeffrey Lewis, diretor do programa de não-proliferação de armas no Leste da Ásia no Middlebury Institute, que analisou as imagens, lembrou que o ditador norte-coreano Kim Jong-un visitou a fábrica para supervisionar os preparativos para o teste do míssil balístico intercontinental Hwasong-15 em dezembro de 2017.

A expansão da fábrica poderia representar o aumento da capacidade da Coreia do Norte de produzir os caminhões em seu território, explicou Lewis à CNN. No passado, o país precisou importar chassis de caminhões robustos o suficiente para transportar os mísseis.

Outra imagem, de 15 de dezembro, mostra atividades em um local de testes onde o regime testou no começo do mês um motor de foguete usado em mísseis balísticos intercontinentais.

Desde o primeiro encontro entre o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente dos EUA, Donald Trump, a Coreia do Norte já realizou mais de uma dezenas de testes de mísseis de médio alcance e foguetes.

O regime norte-coreano deu um prazo aos EUA, até o final do ano, para abandonar a sua "política hostil", apresentar uma nova abordagem para negociações e oferecer concessões em troca de cumprir a decisão de encerrar os testes de mísseis balísticos nucleares e intercontinentais, alcançada em 2018.