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Polêmica

Sátira a Maomé chega à França

Paris (Reuters) – Um jornal francês republicou ontem uma série de 12 charges surgidas inicialmente no diário dinamarquês Jyllands-Posten, em setembro, e que provocaram uma onda de indignação no mundo islâmico por apresentarem o profeta Maomé de forma satírica. O jornal France Soir disse ter publicado as charges em nome da liberdade de expressão e para combater a intolerância religiosa, afirmando que um país secular como a França não deveria submeter-se aos preceitos de nenhuma religião. Líderes muçulmanos no território francês ainda não se manifestaram sobre o episódio. O país possui a maior comunidade islâmica da Europa. "A publicação das 12 charges pela imprensa dinamarquesa chocou o mundo islâmico, que proíbe a representação de Alá e de seu profeta em imagens", disse o France Soir, em comentários publicados na primeira página abaixo de um dos polêmicos desenhos. "Mas, como nenhum dogma religioso pode impor-se em uma sociedade democrática e secular, o France Soir publica as charges criticadas", afirmou o diário. Sob a manchete: "Sim, temos o direito de caricaturar Deus", o jornal colocou em sua capa uma charge na qual aparecem Buda e os deuses cristão e judeu ao lado de Maomé, todos sentados em uma nuvem que paira sobre a Terra. O deus cristão diz ao profeta muçulmano: "Não reclame, Maomé. Todos nós já fomos caricaturados." Milhares de palestinos protestaram contra a Dinamarca nesta semana pelo fato de o país ter permitido a publicação das charges. Ministros de países árabes pediram que o governo dinamarquês punisse o jornal que as divulgou pela primeira vez. O diário pediu desculpas por ter ofendido os muçulmanos, mas o governo disse não ter poderes para limitar a atuação de órgãos de imprensa livres. O France Soir, que enfrenta dificuldades financeiras e que procura um comprador, dedicou duas páginas de seu miolo às charges dinamarquesas. "Já tivemos lições demais desses fanáticos reacionários! Não há nada nessas charges que pretenda ser racista ou que ofenda qualquer comunidade", escreveu Serge Faubert, editor da publicação.

O Islã considera desrespeitoso confeccionar imagens de Maomé e uma blasfêmia, fazer caricaturas dele.

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