O episódio em que Hillary Clinton, passou mal ao participar de uma cerimônia de homenagem às vítimas do atentado de 11 de setembro, na manhã deste domingo, fez ressurgir questionamentos sobre o estado de saúde da candidata democrata à Casa Branca.
Ambos os principais candidatos desta eleição estão entre os de idade mais avançada na história da corrida presidencial dos Estados Unidos, e pouco revelaram sobre seu histórico médico.
Hillary afirmou que se sentiu “superaquecida” durante a ocasião e deixou a cerimônia após cerca de 90 minutos. Vídeos gravados por pessoas que estavam no local mostram ela chegou a cambalear antes de entrar no carro e foi ajudada por três membros de seu estafe.
Hillary Clinton é diagnosticada com pneumonia e é aconselhada a descansar
A candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, foi diagnosticada com pneumonia, está tomando antibióticos e foi aconselhada a descansar e alterar sua agenda de campanha, afirmou hoje a médica Lisa Bardack.
Em um comunicado, a doutora afirmou que Hillary “se recupera bem” após passar mal na manhã deste domingo, durante a cerimônia que prestou homenagem às vítimas dos ataques de 11 de setembro. Vídeos gravados por pessoas que estavam no local mostram ela cambaleando e sendo amparada por ajudantes antes de entrar em seu veículo.
Lisa afirmou que Clinton tem tido problemas com tosse relacionada à alergia e que, em um exame feito na sexta-feira, ela foi diagnosticada com pneumonia.
Segundo o documento, a democrata ficou desidratada após passar muito calor no evento da manhã deste domingo.
Embora a ex-secretária de Estado tenha afirmado que estava “se sentindo ótima” horas mais tarde, o caso recolocou a questão sobre sua saúde a oito semanas das eleições.
Ataques
Donald Trump, o candidato republicano, tem procurado lançar dúvida sobre a condição e aptidão física de Hillary. No mês passado, ele afirmou aos eleitores em um comício que a democrata “não tinha a energia física e mental” necessária para assumir o cargo e lutar contra os militantes do Estado Islâmico. Ele também estava no Marco Zero do 11 de setembro neste domingo.
A campanha de Hillary tem procurado enquadrar a estratégia republicana como “desequilibrada” e uma evidência de que Trump vive em “uma realidade alternativa”.
Apesar do foco sobre a quase queda de Hilary neste domingo, Arthur Caplan, um especialista em bioética da Centro Médico de Langone, da Universidade de Nova York, afirmou que o episódio diz pouco sobre o estado de saúde da democrata.
“Existem muitas pessoas que podem escorregar ou se sentir mal em um dia quente e úmido, e por razões variadas”, disse. “Sem exame, sem histórico... não temos base para afirmar nada”.
Candidato saudável
Em 2008, o então candidato republicano John McCain revelou ao público milhares de páginas de seu histórico de saúde para mostra que ele nunca teve câncer e poderia assumir o cargo mesmo com 71 anos. Nem Clinton nem Trump fizeram o mesmo.
Em julho de 2015, a doutora Lisa Bardack, que tem cuidado da saúde de Hillary desde 2001, afirmou em uma carta que ela “tem condição física excelente e está apta a assumir a presidência dos EUA”.
Já o gastroenterologista de Trump, Harold Bornstein, afirmou em um comunicado de quatro parágrafos que Trump poderia ser “o indivíduo mais saudável a já se eleito para a presidência.
Embora Clinton tenha divulgado mais informações sobre sua condição física que Trump, Caplan afirma que nenhum dos candidatos ofereceu dados o suficiente. Idealmente, todos os candidatos deveriam permitir que um painel independente examinasse sua saúde.
No entanto, “uma vez que não conseguimos fazer isso nem com a declaração de renda dos candidatos, acredito que a proposta da saúde deve ter o mesmo fim”, disse, em referência à recusa de Trump em revelar sua renda.
Aos 69 anos, Reagan foi o candidato mais velho a assumir a presidência, em 1980. Trump completou 70 anos em junho, enquanto Clinton terá completado 69 caso ganhe a eleição.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião