O peixe de cativeiro mais velho do mundo teve de ser sacrificado no último domingo (5), depois de passar décadas sendo observado por visitantes no aquário onde vivia, em Chicago, nos Estados Unidos . Chamado de “Vovô”, seu nome condiz com a idade: foram 84 anos só em cativeiro, mas estima-se que ele tivesse mais de 90 de vida. Isso significa que ele já vivia quando a Segunda Guerra Mundial teve início, por exemplo.
Vovô é um peixe da espécie pulmonado australiano, que pode viver mais de 100 anos e é protegida na Austrália, onde a espécie existe há quase 400 milhões de anos. Fósseis encontrados desse peixe mostram que a espécie permaneceu inalterada geneticamente por mais de 100 milhões de anos. Além de guelras, eles possuem um pulmão primitivo. Isso significa que podem sobreviver durante as secas sazonais, quando os níveis de oxigenação da água ficam baixos.
A história de Vovô como peixe de aquário teve início em 1933. Foi nesse ano que o peixe ainda foi colocado em um navio que partia de Sydney, na Austrália, e tinha Los Angeles, nos Estados Unidos, como destino, mas acabou chegando às águas do Aquário Shedd, em Chicago. Ali, passou os dias comendo minhocas - seu alimento favorito - e folhas verdes, conforme explica Bridget Coughlin, diretora executiva do Shedd.
O público que conferiu Vovô nadando no Shedd em mais de 80 anos não foi pequeno. A quantidade de pessoas que passaram pelo local equivale a aproximadamente toda a população da região sul e sudeste do Brasil juntas: 104 milhões de visitantes.
“O peixe despertou a curiosidade, animação e encantamento em pessoas de todas as idades”, comenta a diretora.
Eutanásia
A “difícil decisão” de sacrificar o peixe, como descreveu a assessoria de imprensa do aquário Shedd, teve de ser tomada depois que Vovô apresentou problemas de saúde.
Ainda na semana passada, ele havia parado de se interessar por alimento e seus órgãos começaram a falhar em decorrência da idade avançada. Depois de monitorá-lo com atenção, a equipe do aquário concluiu que a eutanásia seria a alternativa que menos faria Vovô sofrer.
Colaborou: Cecília Tümler
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