Um dos 250 mil documentos que o site Wikileaks.org revelou sobre a diplomacia do governo dos Estados Unidos e de outros países mostra a preocupação da Casa Branca com a "saúde mental" da presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, conforme publicou o jornal espanhol El País. Conforme o site do jornal, as suspeitas de Washington sobre Cristina são tão grandes que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, chegou a pedir um relatório sobre o estado de saúde mental da mandatária argentina.

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Entre as informações divulgadas nesta segunda-feira pelo El País, há outro documento que alerta que a Argentina planejava aumentar suas águas territoriais abrangendo, em sua nova configuração, as Ilhas Malvinas. O documento foi enviado pela embaixada norte-americana na Argentina no dia 28 de dezembro de 1966, seis meses após o golpe de Estado do general Juan Carlos Onganía e 15 anos antes da Guerra das Malvinas, entre a Inglaterra e a Argentina, pela soberania e posse das ilhas.

O jornal espanhol antecipou que amanhã oferecerá mais detalhes sobre os relatórios que envolvem Cristina Kirchner e a Argentina. Além das Malvinas, os documentos tratam de questões vinculadas à desconfiança do governo norte-americano sobre o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e ao golpe de Estado em Honduras.

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Junto com o El País, os jornais que tiveram acesso à informação exclusiva do Wikileaks são o norte-americano The New York Times, o alemão Der Spiegel, o francês Le Monde e o britânico The Guardian.