A Arábia Saudita e o Paquistão refutaram neste domingo os rumores de que Osama bin Laden tenha morrido. Os sauditas disseram não ter provas da morte do do chefe da Al-Qaeda, um dia após um jornal francês publicar um documento no qual se diz que o serviço secreto do país estava convicto de ele havia morrido em agosto. O memorando do governo francês dizia que, segundo os sauditas, Bin Laden morrera de tifo, no Paquistão. As autoridades paquistanesas vão além: dizem acreditar piamente que o terrorista está vivo.
França, Estados Unidos e Grã-Bretanha disseram-se incapazes de confirmar o conteúdo do documento, divulgado pelo jornal "L'Est Republicain". Depois disso, a revista americana "Time" publicou em seu site uma reportagem na qual uma fonte saudita afirma que o líder da Al-Qaeda contraiu uma doença relacionada a água contaminada e pode já estar morto.
Neste domingo, no entanto, a embaixada saudita em Washington, negou tudo em um comunicado.
"O reino da Arábia Saudita não tem provas para amparar relatos recentes da mídia de que Osama bin Laden esteja morto. A informação em contrário é puramente especulativa e não pode ser checada de maneira independente", diz a mensagem.
O serviço de inteligência e o Ministério do Interior do Paquistão disseram o relato divulgado no jornal francês que não têm credibilidade. O ministro do Interior do Paquistão, Aftab Khan Sherpao, disse que "o relato da morte de Bin Laden é totalmente infundado". Apesar disso, afirmou que vai abordar a questão com as autoridades sauditas.
Um alto funcionário do serviço secreto paquistanês, que pediu anonimato, disse que, com base na "a informação obtida com vários líderes presos da Al-Qaeda e da milícia talibã, do Afeganistão (que acobertou o saudita durante anos), pode-se sustentar com convicção que Osama bin Laden, seu braço-direito Ayman Al-Zawahiri e o líder talibã, o mulá Mohammad Omar, estão vivos e escondidos em algum lugar entre o Afeganistão e o Paquistão".
- Cremos que Zawahiri viaja entre os países com ajuda do mulá Omar e seus seguidores - disse a fonte, segundo a qual a agentes americanos no Paquistão também estão convencidos de que Bin Laden segue vivo e na fronteira.
O ministro do Exterior da França, Philippe Douste-Blazy, disse que pelo o que sabe, o líder da Al Qaeda ainda está vivo.
No sábado, o presidente da França, Jacques Chirac, disse a repórteres de que a morte do saudita "não foi confirmada de modo algum". O governo francês abriu uma investigação sobre o vazamento do documento.
Em Nova York, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, limitou-se a dizer:
- Sem comentários. Desconheço.
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, também se disse incapaz de esclarecer os rumores sobre a morte do terrorista.
- Não ouvi nada que indique que seja esse o caso - disse Blair em entrevista à BBC.
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