O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou na ONU na terça-feira (20) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, "só abandonará a guerra e as suas ambições imperialistas se perceber que não pode vencer", e exigiu apoio à Ucrânia por todos os meios.
"O presidente Putin está travando uma guerra com um único objetivo: conquistar a Ucrânia. A autodeterminação e a independência política não contam para ele. Há apenas uma palavra para isso. É imperialismo puro e simples", disse Scholz.
Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, o líder alemão frisou que "o retorno do imperialismo não é apenas um desastre para a Europa", mas também para toda a ordem pacífica global.
Motivo pelo qual insistiu que não é possível ser "indiferente" a essa guerra e à forma como ela termina, e enfatizou que a Ucrânia deve ser capaz de se defender.
"É por isso que não aceitaremos uma paz ditada pela Rússia, nem aceitaremos qualquer referendo fictício", disse, referindo-se às consultas convocadas pelas autoproclamadas repúblicas populares do leste da Ucrânia e pelos governos pró-russos nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia.
Scholz disse que a sua mensagem é clara: "Estamos firmes do lado daqueles que estão sendo atacados. Para a proteção da vida e liberdade dos ucranianos e para a proteção da nossa ordem internacional".
O chanceler alemão também falou que o seu país se prepara para apoiar a reconstrução pós-conflito da Ucrânia e disse que em outubro sediará uma conferência de especialistas em Berlim para começar a discutir esta tarefa.
Ao longo do discurso, Scholz abordou também outras questões como a crise climática e a reforma do Conselho de Segurança da ONU, onde afirmou que a Alemanha está pronta para "assumir mais responsabilidades" como membro permanente no caso de tais mudanças serem acordadas, mas começando já como participante não permanente como candidato a um lugar no biênio 2027-2028.