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Após o rompimento de sua coalizão governista, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, está enfrentando uma crescente pressão de aliados e opositores para antecipar a votação de confiança no Parlamento, um passo necessário para convocar novas eleições no país. Inicialmente marcada para 15 de janeiro, a votação, que ao que tudo indica deve resultar na perda do apoio a seu governo, corre o risco de ser realizada ainda em dezembro.
A crise no governo de Scholz, originalmente formado por uma coalizão progressista entre o Partido Social-Democrata (SPD), os Verdes e os Liberais Democratas (FDP), intensificou-se após divergências sobre a política fiscal e o financiamento para apoiar a Ucrânia. A crise política chegou a um ponto crítico na semana passada, quando o chanceler demitiu o então ministro das Finanças, Christian Lindner, membro do FDP, provocando o colapso da aliança tripartite.
Segundo informações da agência Reuters, aliados de Scholz, como Anton Hofreiter e Irene Mihalic, do Partido Verde, foram os primeiros a defender a antecipação da votação de confiança para dezembro, alegando que o país não poderia aguardar até o novo ano para resolver a crise.
“Olaf Scholz deveria convocar a votação antes do Natal, para que tudo fosse esclarecido ainda em 2024”, afirmou Hofreiter à mídia local. Já a oposição, liderada por Friedrich Merz, do União Democrata Cristã (CDU), tem pressionado para que a votação ocorra já nesta quarta-feira (13) e as eleições aconteçam o quanto antes, possivelmente já em 19 de janeiro.
Neste domingo (10), em entrevista à emissora pública ARD, Scholz, afirmou estar disposto a avançar com a votação de confiança ainda este ano, desde que haja consenso entre as partes.
“Não tenho nenhum apego ao meu cargo”, declarou o chanceler, reconhecendo que, após o colapso, a situação do governo era irreversível.
A convocação antecipada da votação de confiança pode acelerar o processo de dissolução do Bundestag, o Parlamento alemão, com o presidente do país, Frank-Walter Steinmeier, tendo até 21 dias para dissolver o parlamento e convocar as eleições, que ocorreriam dentro de 60 dias após a dissolução.
