Daniel Scioli lidera as principais pesquisas e pode vencer no primeiro turno na Argentina| Foto: MARCOS BRINDICCI/REUTERS

“O povo argentino quer definir a eleição no próximo domingo”, disse o candidato governista Daniel Scioli na manhã de terça (20), em Quilmes, na província de Buenos Aires.

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Em evento tumultuado, com várias agrupações sociais kirchneristas, Scioli teve dificuldades para caminhar os 600 metros previstos em uma avenida comercial de um bairro de classe média baixa.

Acenando para a multidão, Scioli sorria e tentava ajudar os seguranças a abrir espaço para seu grupo. Um empurra-empurra acabou provocando a queda de uma barraca de comércio e revoltou alguns moradores.

“Sou daqui e só queria tirar uma foto dele, mas esses militantes, que recebem salário para estar aqui, não deixam”, diz Natalia Ortigoza, 57, referindo-se aos membros dos movimentos sociais, que portavam bandeiras e cartazes com o rosto do governador da província.

De um colégio público, crianças acenavam e gritavam “Se siente, se siente, Scioli presidente”. O candidato estava com o vice-governador, Gabriel Mariotto, o líder da CGT (Confederação Geral do Trabalho), Antonio Caló, e o deputado Carlos Kunkel, além do candidato kirchnerista a prefeito local.

Antes do fim do trajeto, a caravana foi interrompida. Scioli foi levado para cima de um jipe, de onde continuou acenando até ir para um carro com sirene, que em seguida partiu.

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O ato foi parte da estratégia de Scioli de investir na província durante os últimos dias de campanha.

Nas primárias, sua votação na região foi abaixo do esperado -cerca de 38%, número alto, porém muito aquém do obtido no mesmo local por Cristina Kirchner em 2011 (mais de 50%).