Investigação da Polícia Metropolitana se soma a apuração que está sendo feita por servidora e que pode complicar premiê Boris Johnson| Foto: EFE/EPA/NEIL HALL
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A comissária chefe da Scotland Yard, Cressida Dick, confirmou nesta terça-feira (25) que a corporação vai investigar “uma série de eventos” em Downing Street - residência oficial e escritório do primeiro-ministro do Reino Unido - nos últimos dois anos relacionados a uma “possível violação dos regulamentos da Covid-19”.

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Em pronunciamento ao comitê para polícia e crime da Assembleia de Londres, órgão de supervisão das atividades do prefeito da cidade, Dick disse ter entendido a “profunda preocupação popular” com os relatos das últimas semanas de que membros do governo britânico haviam se envolvido em atividades que foram proibidas durante os confinamentos.

“Posso confirmar que a Polícia Metropolitana (Met, também conhecida como Scotland Yard) vai investigar agora uma série de eventos que ocorreram em Downing Street nos últimos dois anos (da pandemia) em relação a uma possível violação dos regulamentos pela Covid-19”, disse.

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A polícia apontou que o fato de que o Met vai agora investigar “não significa, é claro, que multas serão necessariamente impostas em todos os casos e a todas as pessoas envolvidas”.

Dick também declarou que a Scotland Yard não pretende fazer comentários durante a investigação, mas informará quando houver “pontos significativos”.

A comissária também admitiu que há “uma série de outros eventos que ocorreram em Downing Street e Whitehall - centro administrativo do governo - que também foram avaliados, mas pensou-se que eles não atingem o limiar para consideração em uma investigação criminal”.

Nas últimas semanas, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, enfrenta uma crise gerada pela revelação de que festas foram realizadas por altos funcionários do governo britânico enquanto o país enfrentava lockdown devido à Covid-19.

A revelação mais recente, feita pela ITV News, aponta que uma festa de aniversário surpresa para o premiê foi realizada em 19 de junho de 2020, quando as regras sanitárias proibiam encontros sociais em ambientes fechados e com participação de mais de duas pessoas de domicílios diferentes.

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Johnson compareceu duas vezes ao Parlamento britânico para pedir desculpas por revelações anteriores, mas solicitou que se espere o relatório de uma investigação que a servidora pública sênior Sue Gray está fazendo sobre essas festas. A expectativa é de que o documento seja apresentado nesta semana.

Até mesmo membros do Partido Conservador têm pressionado Johnson para que renuncie e estão se mobilizando para um voto de desconfiança contra o premiê, que pode retirá-lo do poder.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]