A Casa Branca afirmou hoje (19) que um novo projeto de lei impondo sanções contra o Irã iria prejudicar as ações diplomáticas com a finalidade de impedir que esse país fabrique armas nucleares.
"Nós não acreditamos que agora seja o momento de aprovar nenhuma nova lei com sanções no Congresso", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, durante um encontro com a imprensa.
"É muito importante evitar adotar qualquer ação que possa potencialmente afetar a oportunidade de uma solução diplomática."Se o Congresso aprovar a legislação apresentada hoje ao Senado, o presidente irá vetá-la, disse Carney.
"Nós não achamos que essa ação seja necessária, nós não achamos que será aprovada, e se fosse aprovada, o presidente a vetaria", afirmou.
Senadores dos EUA apresentaram hoje um projeto para impor sanções ao Irã se o país romper os termos de um acordo provisório firmado no mês passado em Genebra, pelo qual o governo iraniano concordou em restringir seu programa nuclear.Retomada
As discussões entre os especialistas das grandes potências e o Irã para a aplicação do acordo de Genebra sobre o programa nuclear iraniano, concluído em 24 de novembro, foram retomadas hoje à tarde, de acordo com fontes iranianas.
As conversações técnicas devem terminar amanhã, de acordo com o porta-voz da chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton.
Não haverá comunicado à imprensa, e cada participante deverá prestar contas as suas respectivas capitais.
As negociações "longas e detalhadas" entre as potências do grupo "5+1" (Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha) e o Irã tiveram início no dia 9 de dezembro em Viena.
Inicialmente previstas para durar dois dias, elas se estenderam por quatro, mas foram interrompidas na noite de 12 para 13 de dezembro. Os negociadores iranianos voltaram a Teerã para "consultas".
Os Estados Unidos haviam anunciado em 12 de dezembro a inclusão de dez indivíduos e empresas em sua lista negra. Eles eram suspeitos de burlar o programa de sanções internacionais contra o Irã. Essa medida acabou provocando o retorno prematuro dos especialistas iranianos.
Durante uma grande ofensiva diplomática concluída no dia 24 de novembro em Genebra, os "5+1" e o Irã concluíram um acordo estabelecendo que não haverá novas sanções contra a República Islâmica por um período de seis meses durante o qual o governo iraniano aceitou restringir o enriquecimento de urânio.
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