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Drama

Sean não deve opinar sobre onde quer viver, defende ministro

O ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) defendeu nesta quarta-feira (22), em audiência pública na Câmara, que a decisão da Justiça brasileira sobre o caso do garoto Sean Bianchi Goldman não leve em conta a opinião da criança. "Essa criança não deve ser forçada a decidir se quer ficar ou não [no Brasil] porque isso poderá trazer danos psíquicos extremamente graves", disse o ministro.

Filho de David Goldman com a brasileira Bruna Bianchi, Sean tem oito anos e mora no Brasil há quase cinco anos. Antes, morava com a mãe nos Estados Unidos. Já no Brasil, Bruna separou-se de David e casou-se com João Paulo Lins e Silva.

No ano passado, a mãe morreu e o padrasto ficou com a guarda da criança. O pai, no entanto, entrou na Justiça pedindo o retorno da criança aos Estados Unidos. Segundo a família brasileira, a criança teria dito em sessão com psicólogos preferir continuar no Brasil.

Vannuchi afirma que a Justiça brasileira está diante de um "caso dos mais difíceis" porque envolve relações de afeto de ambos os lados. Defendeu uma solução intermediária em que, por exemplo, a criança fique no Brasil com direito a visitas do pai biológico e até idas do menino aos Estados Unidos.

"Não podemos nos separar em dois times e só nos contentar com um placar favorável ao nosso lado", opinou o ministro.

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