
Seattle, no Noroeste dos Estados Unidos, está se preparando para reduzir o orçamento da polícia no momento em que os homicídios atingem seu nível mais alto em mais de uma década na cidade.
A prefeita Jenny Durkan deve assinar um orçamento municipal que vai inclui um corte de 18% para o Departamento de Polícia, medida que ocorre depois que ativistas pela reforma das forças policiais exigiram que o orçamento fosse reduzido pela metade. Pedidos nesse sentido tomaram conta de municípios de todo o país desde maio, quando George Floyd foi morto por policiais em Minneapolis. Recentemente, Durkan disse que acredita que a cidade está "preparando as bases para fazer mudanças sistêmicas e duradouras no policiamento".
O Conselho Municipal (equivalente à Câmara dos Vereadores) votou na semana passada proposta para cortar cerca de US$ 69 milhões em fundos para treinamento de oficiais, salários e horas extras, bem como para se livrar de cargos vagos no Departamento de Polícia e transferir funcionários de estacionamento, profissionais de saúde mental e despachantes a outros setores.
Enquanto isso, Seattle registrou, até a última segunda-feira (30), 55 assassinatos neste ano, o nível mais alto desde, pelo menos, 2008 - primeiro ano com dados disponíveis. A cidade também está sofrendo um aumento nos crimes violentos. Se em 2019 foram 7,6 mil assaltos, em 2020 o número saltou para 8,4 mil.
A chefe de polícia de Seattle, Carmen Best, renunciou ao cargo durante o verão (no Hemisfério Norte) em meio a desentendimentos com o Conselho Municipal sobre os cortes no orçamento da polícia.
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