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Foz do Iguaçu

Secretária seqüestrada com líder da seita Moon no Paraguai é libertada e desaparece

Sawako Takayama, 37 anos, secretária do líder da seita Reverendo Moon no Paraguai, Hirokazu Ota, 62 anos, cortou o contato com a polícia e o Ministério Público (MP) logo após ter sido libertada por seqüestradores próximo a um shopping de Assunção, na madrugada de terça-feira.

Segundo a Divisão Anti-Sequestro do MP paraguaio, Sawako não quer falar com as autoridades e nem com a imprensa. Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira em Assunção, o promotor do MP, Rogelio Ortuzar, disse que o paradeiro da secretária é desconhecido. Não se sabe se ela está um algum hospital, casa de parentes ou na Embaixada do Japão em Assunção, onde há vários jornalistas japoneses em busca de informações. Ortuzar informou que não conseguiu falar com Sawako, mas as investigações prosseguem.

O seqüestro

A secretária foi seqüestrada com o empresário Ota, o policial Rafael Ramos e a professora Nancy Gimenez dia 1.º de abril, no trajeto entre Assunção e Ciudad del Este. Ela e Ota iriam a Ciudad del Este participar de uma reunião da seita Moon quando o veículo deles foi abordado por uma falsa blitz policial. Ramos, que trafegava próximo ao local, estranhou a movimentação e ao verificar a ocorrência também foi levado pela quadrilha, juntamente com Nancy, sua noiva.

Prova de vida

A polícia diz não ter informações sobre o seqüestro, mas sabe-se que a secretária teria sido libertada como prova de vida do empresário. Ela estaria mantendo distância das autoridades e da imprensa por pressão dos seqüestradores. Segundo a polícia, a secretária chegou as proximidades do shopping em um caminhão velho carregado de mercadorias. Depois pegou um táxi e teria ido para casa.

No dia da libertação da secretária, duas cartas supostamente assinadas pelo policial Ramos e pela professora Nancy foram encontradas. Supõe-se que tenham sido trazidas pela própria Sawako. A primeira carta chegou às mãos da chefia da Polícia Nacional e a outra a uma jornalista de um canal televisivo.

Nancy pede por meio da carta a suspensão das operações policiais realizadas nas rodovias do Paraguai para que a vida dos três seja preservada e as negociações para o resgate prossigam. Um teor parecido é atribuído à carta do policial.

O comissário Ruben Sanchez, da Divisão Anti-seqüestro da Polícia de Assunção, disse nesta quarta-feira que o pedido não será atendido. No entanto, a imprensa paraguaia publicou informações de que as barreiras policiais nos estados de Alto Paraná e Caagazú, onde provavelmente os seqüestradores possam estar, estão mais brandas.

Os criminosos

A quadrilha pediu inicialmente US$ 150 mil de resgate à família do empresário, depois elevou a quantia para US$ 350 mil. Os contatos foram feitos via celular de Ota. Suspeita-se que o grupo responsável pelo crime seja o mesmo que seqüestrou no mês passado o comerciante libanês Mohamad Barakat, 36 anos, em Foz do Iguaçu. Ele ficou em poder de criminosos durante 20 dias e acabou sendo solto no lado paraguaio após pagamento de US$ 150 mil em resgate.

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