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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, nomeou quatro especialistas da América Latina, Estados Unidos e Índia, na quinta-feira, para investigar a origem da epidemia de cólera no Haiti, que alguns haitianos atribuem às forças de paz da ONU.

Mais de 3.400 pessoas morreram de cólera no Haiti desde o início da epidemia, em outubro. No mês seguinte, manifestantes lançaram pedras contra uma patrulha da ONU e gritaram slogans acusando soldados do Nepal de terem levado a doença ao país, onde não era registrada havia muitas décadas.

Em dezembro, pesquisadores dos EUA disseram que a cepa do cólera encontrada no país é originária da Ásia e se parece muito com uma que circula em Bangladesh. Até o momento a ONU vem dizendo que não há evidência científica de que o batalhão nepalês seja responsável e que todos os testes nos soldados deram negativo.

Mas quando Ban anunciou em 17 de dezembro um plano de criar uma comissão independente de investigação, ele afirmou: "Ainda existem questões justas e preocupações legítimas que requerem a melhor resposta que a ciência possa prover."

Ban declarou na quinta-feira que a comissão seria presidida pelo mexicano Alejandro Cravioto, que trabalha no Centro para Pesquisa de Doenças com Diarreia, em Bangladesh.

Os outros três integrantes são Claudio Lanata, do Instituto de Investigação Nutricional, do Peru, Daniele Lantagne, da Universidade de Harvard, nos EUA, e Balakrish Nai, do Instituto Nacional do Cólera e Doenças Intestinais, da Índia.

A comissão vai analisar todas as informações disponíveis e viajar para o Haiti para realizar investigações in loco, disse o porta-voz de Ban, Martin Nesirky, em um comunicado. Vai operar independentemente das Nações Unidas e ter acesso a todas as informações, instalações e funcionários da organização.

O cólera é causado por uma bactéria disseminada na água e espalhada por meio das fezes.

As forças de paz da ONU estão no Haiti desde 2004, depois de um conflito civil no país.

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