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Oriente Médio

Secretário de Defesa dos EUA alerta para isolamento de Israel

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, alertou nesta segunda-feira que o governo israelense está se tornando cada vez mais isolado no Oriente Médio. Segundo ele, as revoluções populares na região tornam crucial o diálogo de Israel com outras nações a fim alcançar a paz e estabilidade.

Panetta ainda ressaltou que Israel deveria retomar as negociações de paz com os palestinos e restaurar as boas relações que já teve com a Turquia e Egito.

O chefe do Pentágono afirmou que Israel pode colocar em risco sua própria segurança caso não se aproxime de seus vizinhos: "É muito claro que neste momento dramático para o Oriente Médio, quando já aconteceram tantas mudanças, que não é bom para Israel se tornar cada vez mais isolado. E isso é o que está acontecendo", disse Panetta, durante uma viagem à região para conversações com líderes israelenses e palestinos.

No domingo, um comunicado do Gabinete do premier Benjamin Netanyahu afirmou que o governo está disposto a negociar diretamente com os palestinos de acordo com a proposta do chamado Quarteto - EUA, União Europeia, Rússia e ONU - mas a insistência no termo "sem pré-condições" voltou a desagradar a outra parte. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) também se disse disposta a negociar, porém voltou a deixar claro as condições: o congelamento dos assentamentos e o reconhecimento das fronteiras pré-1967.

O secretário de Defesa vai se encontrar nesta semana com Netanyahu e com o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, e depois vai se reunir com representantes da Otan em Bruxelas, na Bélgica. Ele também fará uma visita ao Egito, onde se encontra com membros da Junta Militar que governa o país desde a queda de Hosni Mubarak.

A viagem acontece em meio a pressões da comunidade internacional para que se chegue a um acordo de paz entre israelenses e palestinos até o final de 2012.

Panetta disse que os EUA vão certificar que Israel mantenha sua superioridade militar na região, mas ressaltou que o governo deve usar esta vantagem para pressionar pela paz. "Não há dúvidas para mim de que eles devem manter essa vantagem (militar)", disse Panetta. "Mas a pergunta que você deve fazer: É o suficiente manter uma vantagem militar se você está se isolando na arena diplomática? A segurança real só pode ser alcançada tanto por um esforço diplomático forte, como por um grande esforço para projetar sua força militar", completa.

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