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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, peça-chave na estratégia norte-americana no Afeganistão e na reforma das despesas do Pentágono, disse em entrevista publicada nesta segunda-feira que planeja se aposentar no ano que vem.

Mas seu assessor de imprensa, Geoff Morrell, desmentiu alegações de que Gates teria anunciado sua aposentadoria à revista Foreign Policy, dizendo que as declarações não passam de "reflexões" sobre um desejo de deixar o cargo, o que o secretário já havia feito antes.

"Acho que seria um erro esperar até janeiro de 2012", disse Gates à revista em artigo publicado no site da publicação.

"Este não é o tipo de trabalho que você quer preencher em um ano eleitoral", afirmou Gates, que também está envolvido em uma ampla reforma do orçamento do Pentágono.

Mas Morrell pareceu cauteloso ao comentar: "Não se empolgue. Não é Robert Gates anunciando que está deixando o cargo."

"Tudo o que ele estava fazendo ali era expressar a lógica sobre sair com bastante tempo no relógio para o presidente substituí-lo", disse ele à Reuters.

"Que Gates gostaria de deixar (o cargo) não deveria ser novidade para ninguém."

Questionado sobre a reportagem da Foreign Policy, o vice-secretário de imprensa da Casa Branca, Bill Burton, disse: "Não é uma surpresa que ele fale sobre a próxima fase de sua vida."

"Ele ficou mais tempo do que havia dito que ficaria. E o presidente é grato pelo seu serviço e o povo americano se beneficiou enormemente como resultado", disse.

Gates, visto como peça-chave na mudança das estratégias norte-americanas no Iraque e no Afeganistão, fez indicações similares do seu desejo de renunciar ao cargo quando era chefe da Defesa do presidente George W. Bush, mas concordou em permanecer a pedido do presidente Barack Obama.

Espera-se que Gates deixe o seu posto no fim do primeiro mandato de Obama na Presidência, em 2012.

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