O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, iniciou neste domingo (24) sua primeira viagem oficial ao exterior, na qual pretende oferecer novas ideias às autoridades da Europa e Oriente Médio para pôr fim a quase dois anos de violência brutal na Síria.
Kerry deixou Washington neste domingo (24) para cumprir um roteiro de dez dias por nove países. Ele se reunirá com os tradicionais aliados americanos na Europa ocidental, que incluem Reino Unido, Alemanha, França e Itália. Também passará por Turquia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar. Além da guerra na Síria, o secretário americano irá tratar dos conflitos no Mali e Afeganistão e do programa nuclear do Irã.
Kerry tem dito que está ansioso para discutir novas formas de convencer o presidente sírio Bashar Assad a renunciar e abrir caminho para um transição democrática no país, assolado pela violência crescente que já matou pelo menos 70 mil pessoas. O secretário americano não deu detalhes de suas propostas, mas oficiais disseram que isso inclui uma pressão crescente sobre Assad e seu círculo mais próximo.
A viagem de John Kerry começará por Londres, onde ele se encontrará com autoridades britânicas sênior para abordar uma série de assuntos, desde o Afeganistão até o status das Ilhas Malvinas, tema de uma disputa com a Argentina.
A seguir, Kerry irá à Alemanha para tratar de questões transatlânticas com jovens alemães em Berlim, onde o secretário passou parte de sua infância quando seu pai, um diplomata americano, servia na cidade ainda dividida pela Guerra Fria. Na capital alemã, Kerry ainda se reunirá com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
Em Paris, Kerry tratará da intervenção das tropas francesas no Mali e depois seguirá para Roma, onde deve reunir-se com líderes da oposição síria.
Oficiais americanos têm afirmado que a viagem será principalmente uma "viagem para ouvir" no que diz respeito à guerra na Síria, e não resultará em mudanças imediatas na política americana, que até agora evitou fornecer apoio militar para os rebeldes que combatem o regime de Assad.
Kerry não visitará Israel ou territórios palestinos durante sua passagem pelo Oriente Médio, pois pretende aguardar para visitá-los quando acompanhar o presidente Barack Obama, que fará sua primeira visita a Israel em março. As informações são da Associated Press.
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