O secretário de Saúde Tom Price se tornou, nesta sexta (29), o oitavo integrante do gabinete de Donald Trump a cair desde o início do mandato, em janeiro.
A situação de Price, que já não era boa diante do fracasso do governo em aprovar um plano para substituir o Obamacare, ficou mais grave depois que o site Politico revelou que o secretário usou aviões particulares por pelo menos 26 vezes para viagens de trabalho, a um custo de US$ 400 mil (R$ 1,27 milhão). O valor é bem superior ao que Price teria gastado se tivesse usado voos comerciais.
O secretário -que havia se encontrado com o ministro da Saúde brasileiro, Ricardo Barros, na última terça (26)- chegou a prometer, nesta quinta (28), que reembolsaria, com o seu dinheiro, o valor gasto nos deslocamentos aos cofres públicos. Não adiantou.
Baixas
Na tarde desta sexta, a Casa Branca divulgou uma nota dizendo que Price ofereceu sua renúncia e que Trump aceitou. O presidente designou o vice-secretário assistente Don Wright para ocupar interinamente o posto.
O Departamento de Saúde tem orçamento anual de US$ 1,15 trilhão (R$ 3,65 trilhão) e é responsável por programas como o Medicare (programa público de saúde para maiores de 65 anos) e o Medicaid (programa para pessoas de baixa renda).
Depois das denúncias sobre Price, o "Washington Post" revelou que o diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), Scott Pruitt, também teria usado um avião particular por três vezes e um avião militar em junho, gastando US$ 58 mil (R$ 184 mil).
Em pouco mais de oito meses, o governo Trump já perdeu oito importantes nomes de seu gabinete, entre eles o ex-estrategista-chefe Steve Bannon, o ex-chefe de gabinete Reince Priebus, o ex-porta-voz Sean Spicer e o ex-conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn.
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