O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já prepara terreno para executar sua promessa de construir um muro na fronteira com o México, mas ele deve esbarrar com divergências até dentro de seu próprio Gabinete. Em sua audiência de confirmação no Senado neste mês, o secretário de Segurança Interna indicado por Trump, John F. Kelly, um general aposentado, advertiu que a estratégia não funcionará sozinha.
Questionado pelos senadores sobre o assunto, Kelly disse que um muro seria eficaz somente se fosse acompanhado por medidas mais abrangentes. Para ele, “uma barreira física não faria o trabalho”.
“Se você construir um muro, você ainda terá que apoiar essa barreira com patrulhamento por seres humanos, por sensores, por dispositivos de monitoramento”, observou.
Em um post no Twitter, Trump antecipou que fará o anúncio da construção do muro nesta quarta-feira, cumprindo sua promessa de campanha que tem o objetivo reprimir a imigração ilegal e conter o fluxo de drogas que chegam aos Estados Unidos.
Em vez de depender de um muro, no entanto, Kelly defendeu ante os senadores que a chave para conter os traficantes de drogas é atacar o problema na sua fonte. Ele apoiou ainda o aumento de ajuda para desenvolvimento econômico e educação, além de um enfoque nos direitos humanos.
Imigração
Durante a visita de Trump ao Departamento de Segurança Interna, o presidente também deverá assinar uma ordem executiva para restringir a imigração. Pessoas oriundas de sete países muçulmanos não poderão entrar no país, incluindo Síria.