O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon disse, em nota, estar "cada vez mais alarmado" com a situação na Ucrânia."Os eventos recentes na Crimeia, em particular, só serviram para aprofundar a crise. Diante das crescentes tensão e desconfiança, exorto todos os lados a evitar ações precipitadas e a retórica de provocação", afirmou.
Ele pediu, mais uma vez, que todas as partes se engajem em um "diálogo direto e construtivo" e que a comunidade internacional ajude os atores principais a acalmar a situação e a buscar uma solução política duradoura.
Segundo Ban, neste momento crucial, não é possível permitir "qualquer erro de cálculo ou inação".
No entanto, o secretário-geral reforçou que qualquer solução para a crise tem que estar em conformidade com os princípios da Carta da ONU, incluindo o "respeito à unidade, à soberania e à integridade territorial da Ucrânia".
As declarações foram divulgadas enquanto o Conselho de Segurança se reunia mais uma vez, a portas fechadas, para discutir a situação na Ucrânia.
A expectativa maior era por um posicionamento mais claro da China, que sempre apoia a Rússia, mas está agora no meio de uma disputa de poder no Conselho. O objetivo dos EUA, que já têm o apoio de Reino Unido e França, é isolar totalmente Moscou.
Pequim tem assumido uma posição mais neutra desde o início da crise, e no domingo, o presidente Barack Obama telefonou para o colega chinês, Xi Jinping, para pedir apoio contra a intervenção russa na Crimeia.
Segundo a Casa Branca, os dois líderes concordaram sobre a importância de defender os "princípios da soberania e da integridade territorial" no caso da Ucrânia e de encontrar uma "saída pacífica" para a crise.