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O secretário interino de Segurança Interna dos EUA, Chad Wolf, pediu demissão nesta segunda-feira (11), disse ele em uma carta. O anúncio foi feito em meio a preocupações com a segurança da cerimônia de posse do presidente eleito americano, Joe Biden, marcada para 20 de janeiro. Como secretário, Wolf ajudaria a coordenar a segurança do evento.
"Infelizmente, essa ação é justificada por eventos recentes, incluindo decisões judiciais em curso e sem mérito sobre a validade da minha autoridade como secretário interino", disse Wolf, que ocupava o cargo havia 14 meses, em comunicado. "Esses eventos e preocupações servem cada vez mais para desviar a atenção e os recursos do importante trabalho do Departamento neste momento crítico de transição de poder".
Segundo o New York Times, Wolf disse a seus funcionários que deixaria o cargo parcialmente por causa de decisões judiciais que invalidaram algumas políticas imigratórias do governo Trump, que citam a possibilidade de que Wolf foi nomeado de forma ilegal para coordenar a agência federal.
Wolf é o mais recente membro do governo americano a deixar o cargo após os protestos violentos de semana passada na capital americana, embora não faça menção aos tumultos em seu comunicado. Antes dele, a secretária de Educação, Betsy DeVos, e a secretária de Transporte, Elaine Chao, também se demitiram.
Peter T. Gaynor, administrador da Agência Federal de Gerenciamento de Emergência (Fema), substituirá Wolf como secretário interino do Departamento de Segurança Interna.
Preparativos de segurança
O Departamento de Segurança Interna dos EUA havia informado mais que os preparativos de segurança para a posse começarão já nesta quarta-feira (13), e não apenas no dia 19 como antes previsto. Em comunicado, o órgão disse que a decisão é tomada "à luz dos eventos da semana passada", quando partidários do presidente Donald Trump invadiram o Capitólio.
Mais cedo, foi reportado que o FBI enviou memorando às forças policiais americanas com alerta sobre possíveis protestos armados nos 50 Capitólios estaduais, a partir do dia 16. A agência ainda disse que um grupo de manifestantes já começou a viajar até Washington, a fim de protestar caso Trump seja removido do cargo pelo Congresso ou por meio da 25ª Emenda, que poderia ser invocada pelo vice, Mike Pence, caso este considere o atual líder incapaz para seguir no posto.