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Ásia

Segue impasse com painel de crimes de guerra da ONU no Sri Lanka

Manifestantes em Sri Lanka carregam bandeira do paí­s em direção à embaixada russa em Colombo, para demonstrar gratidão pelo apoio recebido da Rúissa contra uma comissão de crimes de guerra da ONU. | REUTERS/Andrew Caballero-Reynolds
Manifestantes em Sri Lanka carregam bandeira do paí­s em direção à embaixada russa em Colombo, para demonstrar gratidão pelo apoio recebido da Rúissa contra uma comissão de crimes de guerra da ONU. (Foto: REUTERS/Andrew Caballero-Reynolds)

Nove países e a União Europeia advertiram o Sri Lanka nesta sexta-feira de que o seu posicionamento frente a um protesto liderado por um ministro do governo contra um painel de crimes de guerra da Organização das Nações Unidas (ONU) poderá afetar a reputação internacional do país.

No quarto dia de protesto na frente do prédio da ONU, o ministro da Habitação, Wimal Weerawansa, prometeu seguir com uma greve de fome até a morte caso o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, não encerre as atividades do painel que investiga o final violento da guerra no Sri Lanka no ano passado.

As relações do Sri Lanka com o organismo internacional e com os países do Ocidente têm estado abaladas desde que o governo aniquilou o grupo separatista dos Tigres Tâmeis e venceu um conflito que durava 25 anos em maio de 2009, numa vitória que recebeu elogio militar, mas também críticas em relação à morte de civis.

Os manifestantes liderados por Weerawansa impediram na terça-feira que funcionários da ONU saíssem do escritório, levando Ban a criticar o presidente Mahinda Rajapaksa por não conter os "protestos rebeldes" e chamou para conversar o principal diplomata do país na ONU.

Ban também determinou o fechamento do escritório regional do Programa de Desenvolvimento da ONU em Colombo. Funcionários da entidade no Sri Lanka afirmaram que ele já estava reduzido numa preparação para uma transferência planejada para Bangcoc. O principal escritório no país permanece aberto.

Um comunicado conjunto divulgado na sexta-feira por Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, França, Itália, Suíça, Holanda, Romênia, Noruega e União Europeia nesta sexta-feira expressou consternação sobre como o governo vem lidando com o caso e com Weerawansa.

"Protestos pacíficos são parte de qualquer democracia, mas bloquear o acesso às Nações Unidas e intimidar e agredir funcionários da ONU é um desrespeito às normas internacionais e é perigoso para a reputação do Sri Lanka no mundo", diz o documento.

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