Homem pede ‘vida livre’ em protesto contra o desmantelamento de parte do campo de migrantes de Calais| Foto: DENIS CHARLET/AFP

As operações de desmantelamento da parte sul do campo de migrantes chamado de “selva” de Calais (norte da França) foram retomadas nesta segunda-feira (7) pela segunda semana consecutiva, cercadas de um importante dispositivo policial, constatou a AFP.

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Suspensas durante o fim de semana, as operações eram realizadas diante dos olhares de 70 migrantes e membros de associações humanitárias, mantidos à distância por um cordão policial.

Crianças tentaram entregar rosas brancas aos policiais, que permaneciam impassíveis. Um grupo de manifestantes carregava cartazes com a frase “Países europeus: onde estão os direitos humanos?”.

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Situação dos migrantes em Calais é difícil 

Um grupo de nove iranianos que costuraram a boca na semana passada para protestar pela destruição de seus barracos se uniu à manifestação afirmando que estão em greve de fome.

Desde 29 de fevereiro já foram desmantelados mais de dois dos 7,5 hectares previstos, indicaram as autoridades francesas.

Quilômetros a leste de Calais, em Grande-Synthe, o primeiro campo de refugiados com normas internacionais construído na França vai abrir suas portas nesta segunda-feira. Nele, 200 casa de madeira poderão abrigar 1.050 pessoas que estavam até agora em um acampamento insalubre da mesma cidade.

Segundo as autoridades, entre 800 e 1.000 pessoas vivem no setor sul da “selva” que está sendo desmantelado, mas as associações estimam esse número em 3.450. O objetivo é recebê-las em abrigos em Calais ou em outras cidades da França. Em todo o acampamento há entre 3.700 e 7.000 migrantes em sua maioria sírios, afegãos e sudaneses que querem viajar à Grã-Bretanha.

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O desmantelamento da zona sul da “selva” levará “um mês, talvez mais”, indicaram na semana passada as autoridades francesas.

Moradores de Calais vão a Paris protestar 

Moradores de Calais vão a Paris por mais incentivo à economia local

Folhapress

Centenas de moradores da cidade de Calais, no norte da França, viajaram nesta segunda-feira (7) a Paris para protestar contra o impacto negativo da crise migrante na economia local.

Dez ônibus, transportando cerca de 500 pessoas, a maioria dos quais trabalhadores de empresas locais, deixaram a cidade portuária francesa pela manhã para se encontrar com o ministro das Finanças, Michel Sapin, e representantes do presidente François Hollande no Palácio do Eliseu no final da tarde.

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Os manifestantes afirmam que o grande número de migrantes no acampamento improvisado conhecido como “a selva” prejudicou muito as atividades das empresas locais.

David Sagnard, um membro da delegação que viajou à capital francesa, disse que os manifestantes querem redução de impostos em seus negócios para impulsionar a atividade econômica e a geração de emprego.

A maioria dos migrantes que vivem na área tentam atravessar o canal da Mancha para chegar ao Reino Unido.