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Energia

Segundo dia de blecaute na Índia deixa 670 milhões sem energia

Passageiros sentam em plataforma enquanto esperam fim de apagão para poder pegar o trem em Nova Déhli, na Índia | REUTERS/Adnan Abidi
Passageiros sentam em plataforma enquanto esperam fim de apagão para poder pegar o trem em Nova Déhli, na Índia (Foto: REUTERS/Adnan Abidi)

Metade da população de 1,2 bilhão de pessoas da Índia ficou sem energia na terça-feira, à medida que a rede elétrica que cobre cerca de 12 estados caiu, no segundo maior blecaute em dois dias e um constrangimento para o governo em um momento que luta para reanimar o crescimento econômico.

Estendendo-se de Assam, próximo da China, aos Himalaias e ao deserto do Rajastão, a queda de energia foi a pior a atingir a Índia em mais de uma década.

Trens ficaram parados em Calcutá e Délhi e milhares de pessoas saíam dos abafados metrôs da capital quando o moderno sistema subterrâneo parou de funcionar na hora do almoço. Prédios comerciais mudaram seus geradores para combustível diesel e o tráfego nas rodovias ficou congestionado.

"Teremos que esperar por uma hora ou uma hora e meia, mas até lá estamos tentando restaurar o metrô, a ferrovia e outros serviços essenciais", afirmou o ministro de Energia, Sushilkumar Shinde, a repórteres.

Mais de 12 estados com uma população total de 670 milhões de pessoas ficaram sem energia, com a iluminação cortada mesmo nos principais hospitais em Calcutá.

Shinde culpou alguns estados pelo colapso no sistema que estavam usando mais do que a sua parte de eletricidade da já sobrecarregada rede elétrica. A terceira maior economia da Ásia sofre com uma insuficiência energética de 10% nos horários de pico, pesando sobre o crescimento econômico.

As redes de energia do sul e oeste do país forneciam energia para ajudar a restaurar os serviços, informou as autoridades.

O problema foi agravado por uma fraca temporada de monções nos estados agricultores, como o cinturão de trigo de Punjab e Uttar Pradesh, nas planícies do Ganges, que tem uma população maior que o Brasil. Com menos chuvas para irrigar as plantações, mais fazendeiros recorrem a bombas elétricas para retirar água de poços.

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