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O segundo dia de conflito entre Israel e o grupo extremista islâmico Hamas começou com uma nova série de bombardeios em Gaza, principalmente ao amanhecer. Segundo as autoridades, o balanço mais recente aponta que 1.077 pessoas morreram – 700 em Israel, 370 na Palestina e 7 na Cisjordânia. Além disso, há cerca 2 mil feridos no território israelense e outros 2 mil entre os palestinos.
Outros 400 guerrilheiros do Hamas foram mortos pelo Exército de Israel, segundo o porta-voz das forças militares do país, Daniel Hagari. “Centenas de terroristas foram mortos enquanto tentavam voltar para a Faixa de Gaza e outras dezenas estão sob nossa custódia”, afirmou Hagari na manhã deste domingo (8). O governo de Israel ainda estima que os terroristas capturaram e levaram para Gaza 100 reféns, incluindo mulheres e crianças.
Em paralelo, o grupo xiita libanês Hezbollah (integrante do “Eixo de Resistência” contra Israel, também composto pelo Irã, a Síria e o Hamas) assumiu o ataque a três postos militares israelenses em uma região conhecida como Fazendas de Shebaa. Trata-se de uma área ocupada em 1967 e reivindicada pelo Líbano.
A organização paramilitar afirmou que a ação foi um “ato de solidariedade ao povo palestino” e colocou seu armamento à disposição do Hamas. "O comando da resistência islâmica no Líbano está em contato direto com o comando da resistência palestina no país e no exterior, e avalia continuamente o desenvolvimento e a condução das operações", disse o grupo em um comunicado. Como resposta, Israel disparou barragens de artilharia contra o sul do território libanês.
O Líbano e Israel são considerados Estados inimigos, mas entraram em trégua em 2006 – desde então, houve registros de vários ataques libaneses com mísseis de pequena escala, que foram respondidos pelos israelenses.
Já o Hamas afirma que seus guerrilheiros seguem envolvidos em “lutas ferozes”, por terra, dentro de Israel. As autoridades do Estado Judeu, no entanto, garantem que o Exército do país destruiu a “maior parte” das forças inimigas que penetraram seu território.
Também na manhã deste domingo, o Gabinete de Segurança israelense emitiu uma nota oficializando o “estado de guerra” declarado no sábado (7) pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e permitindo que o governo mobilize mais reservistas para intensificar suas ações no conflito.